Gabi (foto 1) é a jogadora que vale por duas. Até semana passada, ela estava no gramado. Participou da Copa do Brasil de futebol feminino pelo Vitória. O time foi eliminado nas quartas de final, mas ela não teve tempo para lamentar. Foi logo vestir a camisa da seleção pernambucana de futsal.
“Eu não paro, não. Vida de atleta é assim mesmo. Por conta da estrutura que não oferecem para gente e a gente tem que estar nessa correria. Vai no futsal, vai no campo para ver se consegue dinheirinho para a gente”, disse.
Assim como Gabi, a maioria das meninas da seleção tem jornada dupla no esporte. É a solução para elas ganharem um extra. Para o técnico, Ricardo Menezes (foto 2), é um prejuízo. “A gente está tendo um problema nessa caminhada de 40 dias: reunir o grupo. Porque jogam no sub-20, adulto feminino, universitário e estavam no Vitória. Aí se cansavam, se machucavam”, contou.
Ricardo assumiu a seleção há 40 dias, mas por causa da agenda cheia das atletas, só conseguiu treinar com o grupo todo durante uma semana. As meninas estão no intensivo. Correndo para surpreender no Rio de janeiro. Até porque é oportunidade de aparecer.
“É porque é um campeonato de seleções. É sub-20. Hoje em dia, os outros times procuram mais meninas novas, procuram mais de categoria abaixo. Realmente, é uma vitrine”, contou a ala da seleção, Camila.
Foi o que aconteceu com ela, por exemplo. Camila foi contratada por uma equipe de São Paulo. Voltou ao Recife só pra defender a seleção. Não vive como as colegas, jogando em vários times. Gabi quer chegar lá. E na seleção, ela quer ir mais longe do que na Copa do Brasil.
Da Redação do pe360graus.com
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