Saiba mais dos mandatos de Carlos Alberto Oliveira




Preseidente governa a Federação Pernambucana de Futebol desde 1995 e deve continuar até 2014 






1995 - O início

Carlos Alberto Gomes de Oliveira assumiu a presidência da FPF, aos 52 anos, com a ajuda de um cabo eleitoral, o irmão Fred Oliveira, que havia ficado quase dez anos à frente da entidade. Carlos Alberto já entrou com o respaldo de ter ajudado a criar a Copa do Nordeste - a primeira edição tinha sido realizada em dezembro do anterior, em Alagoas. Quando o mandatário foi empossado, Pernambuco contava apenas com o Sport na Série A, que tinha 24 clubes, quatro a mais que o modelo atual. O Náutico havia acabado de ser rebaixado, como lanterna, enquanto o Santa sofrera o descenso em 1993. Os rivais, porém, disputariam a Série B ao lado de outro pernambucano, o Central. A Patativa, por sinal, ficou em 4º lugar e por um triz não subiu à Primeirona, já que apenas dois clubes eram contemplados com o acesso na época. Já a Seleção Brasileira era uma visita frequente no Recife. A Canarinha - que já tinha Ricardo Teixeira como presidente da CBF - jogou no Mundão em 1993 (6 x 0 Bolívia), 1994 (2 x 0 Argentina) e 1995 (2 x 1 Polônia).

1997 - Fiasco na arquibancada

O Campeonato Pernambucano chega ao fundo do poço. Considerando os dados oficiais de presença de público no Estadual, divulgados pela FPF desde 1990, a edição de 1997 é, disparada, a pior da história. Foram apenas 2.080 testemunhas por jogo, em uma edição com dois turnos e 112 jogos. O maior público registrado foi de 20.704 pagantes, em um Clássico das Multidões, na Ilha. Nos Aflitos, alguns clássicos tiveram apenas quatro mil pagantes no borderô. Com uma competição arrastada e estádios vazios, os clubes já começavam a contestar a fórmula da competição, tida como deficitária. E vale lembrar que o Pernambucano sequer era transmitido pela TV. O único mérito daquela edição foi a inclusão do 1º de Maio, de Petrolina. Nunca o Estadual havia chegado tão longe. O torneio era conhecido até os anos 1960 como "campeonato citadino", já que todos os participantes eram sediados na região metropolitana. Com um time a 734 quilômetros do Recife, Carlos Alberto começavao seu "mantra" na federação, interiorizando a competição. Outros clubes do Sertão surgiram com o tempo, como o Petrolina, Salgueiro e Araripina. Apesar da ampliação do futebol local em mercados importantes, isso nem sempre foi sinônimo de dinheiro. Em crise financeira, aquele mesmo 1º de Maio de 1997, que estava na Série A2 deste ano, foi desfiliado da FPF no último dia 30 de julho.

1998 - A reviravolta

Numa tentativa trazer os torcedores de volta, FPF e Secretaria da Fazendo do estado, na gestão do governador Miguel Arraes, criaram a campanha promocional Todos com a Nota, que visava trocar R$ 50 em notas fiscais por um ingresso. O subsídio - que permanece até hoje - foi um sucesso. O público do Pernambucano passou de um milhão de espectadores, com clássicos com públicos de até 80 mil torcedores. A média foi a maior da história, com 10.985 pessoas. Para se ter uma ideia, a média do Brasileirão foi de 13.487 - a promoção foi estendida ao Campeonato Brasileiro. O Sport teve uma média na Série A de 35.580, quando chegou às quartas de final. Foi a única vez em que um time do estado conseguiu ter a maior média na elite nacional. Na Série B, os números também foram generosos, mas Náutico e Santa não corresponderam. O Tricolor quase caiu para a Terceirona. Diante de 55 mil pessoas, o zagueiro Rau marcou um gol salvador aos 45 do 2º tempo, na suada vitória sobre o Volta Redonda por 3 x 2. O Timbu não teve tanta "sorte" e caiu para a Série C. Era o pior momento de um clube do estado até então. Mesmo assim, Carlos Alberto foi reeleito por aclamação em 15 de setembro de 1998 com elogio de todos os grandes.

1999 - TV ao vivo e em cores

O Pernambucano começa a ser transmitido ao vivo pela televisão. O locutor Luciano do Valle teve a iniciativa de transmitir o campeonato pela TV Pernambuco e comprou os direitos, sem muito esforço, já que não havia interessados ou ações de marketing para negociar a competição. Com um sucesso de audiência - ainda mais para uma emissora de pouca visibilidade -, a Rede Globo acabou comprando osdireitos no ano seguinte. O contrato em vigor vai até 2014. Muitas cotas já teriam sido antecipadas pelos clubes.

2002 - Queda de braço

Após o sucesso do Nordestão em 2001, outros torneios regionais foram criados ou reativados Brasil afora. No primeiro ano, o Campeonato do Nordeste faturou R$ 11 milhões. Em 2002 foram R$ 15 milhões. Paralelamente a isso, muitos clubes articularam um esvaziamento dos Estaduais. O movimento ganhou força em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia. No Rio, os grandes permaneceram, mas jogaram com times reservas. Em Pernambuco, Carlos Alberto bateu o pé e não aceitou a saída do Trio de Ferro, entrando em choque com Luciano Bivar, presidente da Liga do Nordeste na época. Na queda de braço, venceu a FPF. Após a esvaziada edição de 2003, o Nordestão foi suspenso. O regional só voltou em 2010, onde a própria FPF se encarregou da tabela, a pedido da Liga do Nordeste. O torneio não deslanchou.

2008 - Inchaço, glória e buraco

O Pernambucano vinha com um modelo compacto, com dez equipes e turno e returno. Mas Carlos Alberto resolveu ampliar o número de equipes para 12, subindo quatro da segunda divisão, inclusive o Centro Limoeirense, o seu time do coração e que não havia conseguido as duas vagas originais. O Estadual de 2008 foi um fiasco, com inúmeros grupos, quadrangulares e um regulamento muito confuso, além do inchaço no número de jogos (problema que vai continuar em 2011, inclusive). O Santa sequer se classificou para o segundo turno e não disputou nenhum clássico! E olhe que o próprio dirigente admitiu que modificou o regulamento para ajudar o Tricolor a se nivelar com os rivais. Durante a gestão de Carlos Alberto, aquele ano marcou também o principal título do estado. O estado já vivia um momento considerado bom, com a presença de Sport e Náutico na Série A. Mas foi na Copa do Brasil que veio a glória. Na cerimônia para a entrega da taça ao Sport, até o presidente da FPF ganhou uma medalha dourada oficial. A vitória de expressão nacional acabou sendo manchada peloterceiro rebaixamento seguido do Santa, desta vez para a recém-criada 4ª divisão. Era o buraco além do fundo do poço.

2009 - Brasil, após 14 anos

Demorou demais. Pernambuco sempre foi um dos principais locais visitados pela Seleção Brasileira. Entre 1982 e 1995, o Brasil jogou sete vezes no Arruda. Porém, uma briga entre Carlos Alberto Oliveira e Ricardo Teixeira criou um hiato enorme. Após romper com a CBF, a FPF acabou fechando essa porta em situação cujo motivo nunca foi muito bem explicado. Com a intervenção do governador Eduardo Campos, em 14 de março de 2007, o mandatário da Confederação Brasileira de Futebol "prometeu" um jogo pelas Eliminatórias do Mundial na capital. Após uma reforma de R$ 4 milhões, o Arruda foi o palco de Brasil 2 x 1 Paraguai. Durante o evento, os dois dirigentes procuraram posar para fotos lado a lado, selando a paz.

2010 - Longe da elite

Nenhum clube na Série A. Em seu 16º ano como presidente da FPF, Carlo Alberto Oliveira acompanha um futebol sem nenhum representante na elitedo Brasileiro pela 5ª vez em seus quatro mandatos. Até 2002, o estado nunca havia ficado de fora da 1ª divisão. Com Náutico e Sport cambaleando na Série B, um cenário melhor em 2011 ainda está um pouco distante. Na Série C, o Salgueiro luta contra o rebaixamento, enquanto o Santa segue tentando sair da Série D. 




Cassio Zirpoli - Diario de Pernambuco
Celso Ishigami - Diario de Pernambuco

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